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Foto do escritorCatia Rodrigues

Diablo IV: Vessel of Hatred – Um Banquete de Terror Gótico e Nostalgia | Review

Atualizado: 12 de out.


Diablo sempre foi aquele jogo que nos prende pelo mistério, e com "Vessel of Hatred", a Blizzard não economizou na fórmula. Voltando a Nahantu, um cenário que ecoa os dias gloriosos de Diablo II, a expansão mistura nostalgia e novidades de forma ousada. Mas será que a mistura é infalível ou um tiro no escuro?


Vessel of Hatred: Uma Jornada Entre o Familiar e o Novo

A cena de abertura de Vessel of Hatred, que fez sua estreia no Xbox Games Showcase em junho, é, sem dúvida, uma das cinemáticas mais impressionantes já criadas pela Blizzard. Não só consegue tirar o fôlego por sua verossimilhança — é como se estivéssemos assistindo a um drama de alta definição com personagens CG que parecem ter saído de um filme! — mas também é uma experiência angustiante, repleta de horror que encapsula a essência diabólica da série. É como um daqueles pesadelos que você não consegue esquecer, só que com muito mais sangue e menos monstros de pelúcia.


Dramas e Deuses na Escapada do Submundo

A história continua exatamente de onde Diablo IV parou, mergulhando fundo na batalha entre Neyrelle e Mephisto, o Primogênito dos Infernos. A infeliz peregrinação de Neyrelle ao agora, Santuário da Montanha da Perdição, vai tão bem quanto você poderia imaginar.


Através de sua Pedra das Almas, Mephisto, nosso querido demônio com um senso de humor sombrio, está corroendo sua mente aos poucos, atormentando-a com visões de sua mãe falecida e fazendo-a acreditar que está presa em um inferno com ele enquanto ele a desmembra lentamente.


Ah, a família é mesmo um tema recorrente, não? Com a mãe de Neyrelle já virando adubo para o Santuário e sua mente sendo lentamente dilacerada pelo espírito maligno, a trama está um chef's kiss de angústia e desespero.


Mas, Neyrelle consegue recuperar o controle de seus pensamentos justo a tempo de presenciar um verdadeiro horror: a corrupção dentro dela transborda, resultando na morte horripilante de seu barqueiro. Afinal, quem precisa de amigos quando você tem demônios?



A Blizzard mantém a tradição de Diablo com uma história envolvente, mas, verdade seja dita, faltou aquele tempero emocional que vimos em Diablo IV. Algumas partes parecem passar voando como um cavaleiro apressado em busca de loot, deixando-nos com a sensação de que o prato principal ainda está por vir.


Neyrelle é uma protagonista de peso, mas a ausência de Lorath, o filósofo rabugento de Diablo IV, é sentida como aquela sobremesa que você esqueceu no congelador. Os novos personagens são decentes, especialmente os mercenários, que vêm com suas próprias histórias e tornam o combate mais interessante. Mas, no geral, a Blizzard parece estar segurando alguns grandes momentos para uma revelação futura.



Sinta o Fogo no Controle: O Combate que Vicia e Recompensa

Aqui a Blizzard esbanja. A nova classe Natíspirito (ou Spiritborn, para os puristas) é um show à parte. Imagine canalizar o poder do Jaguar, Águia, Gorila e até de uma Centopeia mística enquanto você rasga hordas demoníacas com uma glaive que poderia fazer inveja até ao Kratos. No início, você pode sentir-se como uma galinha depenada lutando contra um exército de demônios com fogo nos olhos, mas, logo, o leque de habilidades explodirá em uma sinfonia brutal de golpes.


O endgame, recheado de Helltides, Grim Favors e a novíssima Cidadela Sombria, mantém a adrenalina lá no alto. A cereja no bolo? A progressão foi ajustada para que você atinja o nível máximo de forma mais ágil. Menos horas perdidas para ganhar XP e mais tempo arrancando cabeças demoníacas – obrigado, Blizzard! 😈


Visual Estonteante e Trilha Sonora

Se o Santuário era um sonho febril gótico em Diablo IV, Nahantu, a nova região, é pura pintura surrealista de pesadelos. Os pântanos e desertos dessa expansão são deslumbrantes, com cada gota de suor e sangue sendo refletida com precisão quase perturbadora nas poças de lama. Lembra quando você olhava os detalhes do ambiente em Diablo II e ficava maravilhado? Prepare-se para ter essa mesma sensação – só que com o gráfico de 2024, claro.


E o que dizer da trilha sonora? Cada nota é uma pancada emocional, aumentando a tensão nas masmorras e, de repente, criando aquela calma traiçoeira nos momentos entre um demônio e outro. As composições escuras são tão fundamentais aqui quanto os poderes dos espíritos que você invoca. Bravo, Blizzard, bravo! 🎻



Duração e Rejogabilidade

A campanha de Vessel of Hatred vai te prender por cerca de 10 a 15 horas, dependendo de quanto tempo você passar esmiuçando cada canto de Nahantu (ou fugindo para evitar o inevitável encontro com Mephisto). E, claro, o endgame está robusto o suficiente para te puxar de volta, com a classe Natíspirito adicionando camadas inéditas de personalização ao seu herói – algo que Diablo sempre fez como ninguém.


Sabe aquele gostinho de "só mais uma missão"? Ele está de volta com força total aqui.

E uma observação que passaremos a adicionar em nossas análises é a rejogabilidade, não apenas pelo tempo que o jogo dura, mas pelo incentivo real que ele dá para os jogadores voltarem. Com isso, nosso público pode decidir se o jogo é uma experiência única ou se tem potencial para ser revisitado diversas vezes com a mesma emoção.


A rejogabilidade em Vessel of Hatred é um ponto forte que valoriza ainda mais o jogo. Se o público busca uma experiência que não se esgota após uma única jogada, a proposta de revisitar o jogo, com a certeza de que haverá sempre algo novo a descobrir, torna Vessel of Hatred uma escolha atraente.


Alma Solo, Coração Coletivo

Ah, a Cidadela Sombria... Este novo conteúdo multiplayer é uma verdadeira prova de coordenação, trabalho em equipe e uma pitada de loucura. Se você e seus amigos conseguirem sobreviver juntos, podem se considerar campeões das profundezas. Novos mercenários entram na jogada, cada um com habilidades e personalidades únicas, prontos para enfrentar os desafios ao seu lado.


O Retorno à Terra das Selvas

Ah, as selvas de Nahantu, anteriormente conhecidas como Kehjistan — um verdadeiro campo de nostalgia para os fãs de longa data. Aqui, a Blizzard oferece uma caixinha de surpresas, com referências e locais familiares que funcionam como easter eggs para os veteranos como eu. Mas cuidado: essa viagem pela memória também traz à tona comparações desfavoráveis com o glorioso passado de Diablo.


A falta de exploração verdadeira nesse mapa é um pouco decepcionante; eu me sentia como se estivesse correndo de um ponto de missão a outro, enquanto em Diablo 2 eu explorava cada centímetro da selva como um gato curioso. Ah, onde estão os dias em que eu conhecia os padrões do mapa de olhos fechados?


A Nova Classe e a Mitologia Em Expansão

Agora, falando sobre a nova classe, Natíspirito, que é como um convite para uma festa animada na selva, onde todos os animais espirituais se reúnem para dançar. Eu realmente me diverti jogando com essa classe, que traz uma identidade tão forte que cada combinação de habilidades parece única. É como se eu estivesse criando uma obra-prima de arte com pinceladas de Jaguar, Águia, Gorila e até mesmo Centopéia!


A expansão também introduz novas mecânicas de combate e exploração, mas cuidado: o jogo não é para os fracos de coração. Os desafios são reais, e os chefes vão testar suas habilidades de maneira que até mesmo o jogador mais experiente vai precisar usar táticas de combate. É uma lufada de ar fresco que lembra os bons e velhos tempos de luta tática e trabalho em equipe.


O Inferno Nunca Foi Tão Viciante

Vessel of Hatred não reinventa a roda, mas ajusta os parafusos com uma precisão impressionante. A expansão traz um sabor intenso de nostalgia, mas ao mesmo tempo introduz novas mecânicas e desafios que modernizam o jogo sem perder sua essência gótica. Claro, poderia oferecer uma conclusão mais satisfatória, mas é esse suspense que nos faz ansiar por mais. Diablo está de volta, mais sombrio e visceral do que nunca.


Narrativamente, Vessel of Hatred acerta em cheio. É uma espécie de capítulo intermediário esquisito, cheio de consequências, mas que deixa um gostinho de "quero mais". A promessa de que o pior está por vir ressoa no final, o que deixa os jogadores ansiosos, mas talvez um pouco frustrados. A narrativa pode não ter um fechamento satisfatório, mas se você é um fã obstinado como eu, essa pode ser a chave que finalmente o fará se conectar com Diablo 4.


🔥Se você ainda não foi consumido por Diablo IV, Vessel of Hatred certamente o fará – e de uma forma deliciosamente diabólica.


Notas

  • Gráficos: 9/10

  • Jogabilidade: 8/10

  • História: 7/10

  • Som: 10/10

  • Rejogabilidade: 8/10

  • Nota Geral: 8.4/10



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